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Dono de Bar em Murici preso por estupro: MP opina por prisão preventiva

Acusado dopava vítimas em seu estabelecimento comercial e compartilhava imagens os vídeos

Dono de bar foi preso esta semana durante uma operação da Polícia Civil - Fotos: Reprodução

Um caso chocante de violência sexual e traição de confiança está sendo investigado em Murici, na Zona da Mata de Alagoas. O Ministério Público de Alagoas (MPAL) conseguiu a prisão preventiva de um homem acusado de estupro de vulnerável, após ele ter dopado mulheres em seu bar e filmado os abusos sem consentimento. As vítimas só descobriram os crimes quando o próprio acusado compartilhou os vídeos com terceiros.

De acordo com a promotora Ilda Regina, o acusado agia de forma premeditada, oferecendo bebidas adulteradas com ansiolíticos a clientes de seu estabelecimento. As vítimas, que confiavam nele – uma delas inclusive tinha parentesco com sua ex-cunhada –, foram levadas inconscientes para um cômodo anexo ao bar, onde foram abusadas sexualmente e filmadas. Dias depois, pessoas que receberam os vídeos do próprio criminoso alertaram as mulheres, que registraram Boletim de Ocorrência.

"Tá pensando que o coroa tá pagando?"


Em um dos vídeos, o acusado humilha as vítimas, dizendo: “Tá pensando que o coroa tá pagando? Tá não, ela é minha, 22 anos”. A promotoria classificou as ações como "inaceitáveis, imorais e reprováveis", destacando que as vítimas estão traumatizadas e até perderam empregos devido ao ocorrido. O MPAL também afirmou que o homem já havia cometido crimes semelhantes e se gabava da impunidade, dizendo que poderiam denunciá-lo, pois "não daria em nada".

Prisão preventiva e apreensão de provas


Durante uma busca e apreensão esta semana, a Polícia Civil encontrou celulares, computadores e frascos de medicamentos usados para dopar as vítimas. O acusado foi indiciado por estupro de vulnerável em continuidade delitiva (art. 217-A, §1º do Código Penal) e agora aguarda julgamento. A promotoria destacou que a prisão preventiva foi necessária para garantir a segurança das vítimas e da sociedade, já que o réu representa um risco real para outras mulheres.