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Professores denunciam perseguição política em São José da Laje após cobrança por precatórios do FUNDEF

Educadores afirmam que foram excluídos de pagamentos por defenderem direitos da categoria; caso pode parar no MP

Professores teriam sido excluídos do pagamento dos precatórios do Fundef - Fotos: Divulgação

Um grupo de professores de São José da Laje, no interior de Alagoas, denunciou estar sofrendo retaliações políticas da gestão municipal após se mobilizar pelo pagamento integral dos precatórios do FUNDEF (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorização do Magistério). O conflito se intensificou com a aprovação de projeto de lei que reduziu de 60% para 35% a parcela destinada aos docentes, causando prejuízos financeiros à categoria.


Dos 327 professores beneficiários, 16 foram excluídos dos pagamentos - justamente os mais ativos na cobrança por transparência. Entre eles estão os 9 membros da Comissão de Acompanhamento dos Precatórios e 7 apoiadores da causa.

A tensão explodiu durante sessão na Câmara Municipal, com acalorados debates entre educadores e vereadores. Os professores alegam que a mudança nos percentuais foi feita sem diálogo e prejudicou toda a categoria.

O caso ganhou dimensão regional na Zona da Mata alagoana e deve chegar ao Ministério Público Estadual. Os professores preparam ação judicial exigindo reparação dos valores devidos, questionando os critérios de exclusão e cobram transparência na aplicação dos recursos.

O movimento reacendeu o debate sobre a correta destinação dos precatórios do FUNDEF e a necessidade de maior fiscalização do dinheiro público na educação.