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TJ/AL nega liberdade a Kel Ferreti, condenado a 10 anos por estupro com extrema violência

Crime ocorreu em pousada de Maceió após encontro marcado via app de apostas; desembargador manteve prisão ao destacar brutalidade do caso

Kel Ferreti foi condenado em primeira instância a 10 anos de prisão por estupro qualificado - Fotos: Reprodução/Redes Sociais

O Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) negou, nesta quinta-feira (29), o pedido de liberdade liminar de Kleverton Pinheiro Oliveira, o Kel Ferreti. O ex-influenciador digital e ex-PM foi condenado em primeira instância a 10 anos de prisão por estupro qualificado, cometido com extrema violência contra uma enfermeira em junho de 2024.

A decisão, assinada pelo desembargador João Luiz Azevedo Lessa, considerou os elementos brutais do crime descritos na sentença da 4ª Vara Criminal da Capital. A defesa de Ferreti alegou ilegalidade na prisão, mas o magistrado reforçou que "a concessão de liberdade urgente é excepcional" e que condições subjetivas do réu não justificam revogar a prisão cautelar.

O caso ocorreu em uma pousada no bairro Cruz das Almas, após a vítima conhecer Ferreti em um grupo de apostas online (Jogo do Tigrinho), onde ele se apresentava como "gestor". Segundo o Ministério Público de Alagoas (MPAL), o acusado:

- Manteve contato por mensagens e transferências via PIX;
- Marcou o encontro presencial sob pretexto de negócios;
- Agrediu a vítima com socos, tapas, mordidas e tentativa de estrangulamento durante o ato sexual, ignorando seus gritos de dor.

Em depoimento, a mulher relatou que Ferreti ironizou a violência: "Se tivesse bebido e usado 'loló', teria durado três horas" – sugerindo que a agressão seria prolongada. Dias depois, ele ainda zombou da situação, dizendo: "Com uns tapinhas desse você está fazendo drama. Você é louca".

O caso ganhou notoriedade pela trajetória dupla de Ferreti: ex-Policial Militar e influenciador digital com milhares de seguidores.