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Crise na Câmara de Rio Largo: Presidente ignora requerimento e evita votação sobre ato polêmico

Vereadores acusam presidência de "golpe institucional" e silenciamento da oposição; clima tenso marca sessão desta quinta

Rogério Silva, presidente da Câmara de Vereadores de Rio Largo - Fotos: Reprodução

A Câmara Municipal de Rio Largo viveu mais um dia de tensão nesta quinta-feira (5), quando o presidente da Casa se recusou a colocar em votação um requerimento que pedia a revogação do Ato nº 001/2025. O documento, assinado no início do ano pelo vereador Rogério Silva, é considerado por parte dos parlamentares como uma "tentativa de golpe" dentro do Legislativo.

O requerimento, apresentado pelo vereador Carlinhos Reis e apoiado por outros três parlamentares, argumenta que o ato foi emitido sem respaldo legal e sem o aval da maioria da Mesa Diretora. Durante a sessão, vereadores como Nadielle Rufino, Dr. Izaque e Jefferson Alexandre tentaram se manifestar, mas foram impedidos pela presidência, que se negou a abrir qualquer discussão sobre o tema.

O presidente da Câmara alegou que aguardará uma decisão judicial sobre os atos que ele mesmo praticou, o que foi visto pela oposição como uma manobra para protelar a correção de uma medida considerada ilegítima. O texto do requerimento ainda ressalta que tanto o prefeito Carlos quanto o vice Peterson Henrique já declararam publicamente que não renunciaram e continuam no exercício legítimo de seus cargos.

O Ato nº 001/2025 teria sido usado para sugerir uma vacância ilegal nos cargos do Executivo, algo que os vereadores contrários consideram uma afronta à democracia. Com a recusa em pautar o debate, a Câmara de Rio Largo aprofunda sua crise institucional, marcada por acusações de autoritarismo e falta de transparência.