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Prefeita de Marituba viraliza ao dançar de biquíni e rebate críticas: "Corpo de mulher incomoda mais que corrupção"

Patrícia Alencar (MDB), primeira mulher eleita no município, defende direito à liberdade pessoal e questiona machismo na política após polêmica nas redes

Patrícia Alencar (MDB), Prefeita de Marituba, viralizou dançando forró de biquini - Fotos: Reprodução/Instagram

A prefeita de Marituba (PA), Patrícia Alencar (MDB), de 37 anos, viralizou nesta quinta-feira (5) após publicar um vídeo dançando forró de biquíni em suas redes sociais. O conteúdo, compartilhado em aplicativos de mensagens, gerou debates acalorados sobre liberdade individual, machismo e o comportamento esperado de autoridades públicas.

Em entrevista ao g1, a gestora rebateu as críticas: "Infelizmente, o corpo de uma mulher incomoda mais do que a corrupção, a ineficiência ou o descaso na política". Ela comparou a reação a vídeos de homens em situações semelhantes: "Quando um homem se diverte, é autêntico. Quando é uma mulher, julgam como se isso anulasse sua competência".

Natural de Bodocó (PE), Patrícia chegou a cursar medicina antes de se dedicar ao empreendedorismo. Mãe de três filhos, mudou-se para Marituba há 16 anos, onde começou vendendo baldes e bacias na feira local. Eleita pela primeira vez em 2020, tornou-se a primeira prefeita da cidade e foi reeleita em 2024 com 71,5% dos votos. Seu perfil no Instagram, com mais de 700 mil seguidores, é marcado por postagens descontraídas e defesa de pautas feministas.

Apesar de o vídeo não ter sido divulgado em canais oficiais, a repercussão dividiu opiniões:

Críticos argumentam que o conteúdo fere o decoro do cargo: "Não é moralismo, mas responsabilidade com a imagem pública", comentou um usuário. Outros destacaram que Marituba enfrenta desafios sociais e que o episódio poderia desviar o foco das prioridades da gestão.

Defensores enxergam machismo na reação: "Homens políticos postam de sunga e ninguém critica", rebateram apoiadores.

Patrícia reagiu em suas redes: "Mulher pode ser trabalhadora, mãe e ‘bonitinha’". A discussão segue aquecida, levantando questões sobre gênero, poder e a era da hiperexposição digital.