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PF pede indiciamento de Bolsonaro e aliados por esquema de espionagem na Abin; alagoanos estavam entre alvos

Relatório final aponta 35 indiciados, incluindo atual diretor da Abin; Arthur Lira e Renan Calheiros foram monitorados ilegalmente

PF conclui investigação sobre esquema de espionagem da Abin e pede indiciamento de Bolsonaro e aliados - Fotos: Reprodução/Globonews

A Polícia Federal concluiu nesta terça-feira (17) as investigações sobre o esquema de espionagem montado na Agência Brasileira de Informações (Abin) durante o governo Bolsonaro. O relatório final, com 350 páginas, pede o indiciamento de 35 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), seu filho Carlos Bolsonaro, o deputado Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin) e até o atual diretor do órgão, Luiz Fernando Corrêa, por obstrução de Justiça.


O esquema teria sido coordenado por Ramagem para monitorar adversários políticos, com destaque para o uso ilegal do sistema FirstMile, que rastreava celulares sem autorização judicial. Entre os alagoanos monitorados estariam o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o senador Renan Calheiros (MDB-AL), além de outras autoridades nacionais como o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.

Carlos Bolsonaro é apontado como operador do "gabinete do ódio", usando dados ilegais para ataques nas redes sociais. Já a atual gestão da Abin é acusada de dificultar as investigações. O caso agora segue para o MPF, que decidirá sobre denúncias formais.

Impacto em Alagoas:


- Arthur Lira e Renan Calheiros aparecem como alvos do esquema
- Dados sigilosos de políticos alagoanos podem ter sido acessados
- Caso pode influenciar cenário político nacional e estadual

O MPF deve analisar as denúncias em 30 dias. O STF deverá receber o caso por envolver autoridades. Os indiciadoss podem recorrer das decisões.

Com informações do G1