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21 só este ano de 2025: morte de criança por choque elétrico acende alerta sobre segurança

Caso de Manuella, 10 anos, revela aumento de 24% nas mortes por eletrocussão em Alagoas; especialistas orientam sobre prevenção

Manuella da Silva Oliveira, de 10 anos, morreu devido a choque elétrico - Fotos: Reprodução

A morte de Manuella da Silva Oliveira, 10 anos, eletrocutada na quarta-feira (2) em Messias, expõe uma realidade alarmante: os casos fatais por choque elétrico cresceram 24,24% em Alagoas, saltando de 33 em 2023 para 43 registros em 2024. Dados da Polícia Científica mostram que somente em 2025 já foram contabilizadas 21 vítimas fatais.


O acidente ocorreu quando a menina brincava em um terreno baldio próximo à sua casa na zona rural. Ao tentar pegar uma bola, pisou em um fio desencapado de ligação clandestina, sofrendo múltiplos choques. Mesmo com o rápido atendimento do SAMU e da UBS local, Manuella não resistiu. Seu corpo foi encaminhado ao IML de Maceió e liberado para sepultamento, enquanto a Polícia Civil investiga as circunstâncias do caso.

Charles Mariano, chefe do Instituto de Criminalística, destaca que a "eletroplessão representa risco grave em instalações irregulares". Ele enumera medidas preventivas essenciais:

- Realizar manutenção periódica nas instalações elétricas
- Contratar apenas profissionais qualificados
- Instalar dispositivos de proteção como DR (Disjuntor Residual)
- Evitar ligações clandestinas e improvisos

"A eletroplessão, popularmente conhecida como choque elétrico, representa um risco sério à integridade física e à vida, especialmente em ambientes residenciais e de trabalho, onde há instalações elétricas irregulares ou manuseio inadequado de equipamentos energizados", reforça Mariano. A Polícia Científica registra frequentemente acidentes que poderiam ser prevenidos com atenção básica à infraestrutura elétrica.

Dados que preocupam

- 2023 → 33 mortes

- 2024 → 43 mortes (+24,24%)

- 2025 → 21 casos (parcial)

O corpo da criança foi encaminhado ao Instituto Médico Legal de Maceió e já foi liberado para sepultamento. O caso será investigado pela Polícia Civil de Alagoas.