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Professores em greve marcham até Sefaz em protesto por reajuste salarial

Categoria rejeita proposta de 4,83% e exige 10% de aumento, melhorias nas condições de trabalho e fim da precarização

Professores estaduais na porta da Sefaz na manhã desta terça-feira (8) - Fotos: Ascom Sinteal/Divulgação

Professores e trabalhadores da educação estadual de Alagoas decidiram, em assembleia realizada nesta terça-feira (8), sair em caminhada até a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) para pressionar o governo pelas reivindicações da greve, iniciada em 1º de julho. A categoria rejeitou a proposta de reajuste de 4,83% oferecida pelo governador Paulo Dantas (MDB) e mantém a exigência de 10%, além de melhorias nas condições de trabalho.

Neste momento, a categoria se encontra na frente da Sefaz.

Principais reivindicações

- Reajuste salarial de 10%, com base no crescimento do FUNDEB;
- Cumprimento dos acordos anteriores, incluindo o pagamento de R$ 100 de Difícil Acesso (valor congelado há 24 anos);
- Fim das travas para profissionais com mestrado;
- Redução da taxa de 40% de contratações temporárias, considerada precarização do trabalho;
- Destinação adequada dos recursos da educação para escolas e profissionais.

O protesto ocorre após o Seminário Estadual sobre o PNE na última quinta-feira (3), quando trabalhadores confrontaram o governador em exercício, Ronaldo Lessa (PDT), com cartazes durante seu discurso.

"Os acordos que o governo fez com a nossa categoria não foram cumpridos. Estamos há 24 anos recebendo 100 Reais de Difícil Acesso. Foi colocado uma trava na especialização para quem tem mestrado não receba a mais. Vamos discutir os recursos da Educação. Estamos em greve e seguimos na luta por uma Educação Pública de qualidade, laica e que valorize o trabalhador", afirmou Izael Ribeiro, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal).

A marcha até a Secretaria da Fazenda marca o acirramento do movimento, que promete manter a greve até que as negociações avancem.