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Caso inusitado: detenta engravida nos EUA sem contato físico com colega de prisão

Presos usaram duto de ventilação para trocar material seminal; bebê está sob cuidados da família materna

Daisy Link e Joan Depaz estão presos Centro de Detenção Turner Guilford Knight, em Miami. - Fotos: Reprodução

Um fato extraordinário no Centro de Detenção Turner Guilford Knight, em Miami, está desafiando a lógica e os protocolos de segurança carcerária: a detenta Daisy Link, 29 anos, engravidou do colega Joan Depaz, 23, sem jamais ter tido contato físico ou visual com ele. Ambos cumprem pena por homicídio – ela pelo assassinato de um namorado, ele por outro caso de homicídio.


A revelação ocorreu quando a mãe de Daisy, durante visita à filha, ouviu a notícia da gravidez e imediatamente suspeitou de abuso sexual. No entanto, investigações iniciais não encontraram evidências de violência ou acesso não autorizado à cela da detenta. A explicação veio da própria Daisy: o casal estabeleceu comunicação através do duto de ventilação que conectava suas celas e desenvolveu um plano incomum para conceber um filho.

O método "improvisado":

- Joan Depaz enviava seu sêmen em luvas cirúrgicas pelo duto de ventilação
- Daisy coletava o material e o inseria via injeção vaginal
- O processo se repetiu 5 vezes/dia durante um mês

A bebê nasceu saudável no final de 2023 e está sob custódia da família materna. Enquanto isso, os pais biológicos permanecem detidos – ele aguardando julgamento e ela cumprindo pena. O caso levantou debates sobre:

- Falhas na segurança carcerária (como permitiram a troca de materiais?)
- Questões éticas (deveriam presos ter direito à parentalidade?)
- Implicações legais (o pai poderá ter direitos sobre a criança?)

Autoridades prisionais revisaram os protocolos após o episódio, instalando novas grades nos dutos de ventilação. Especialistas em reprodução humana afirmam que, embora incomum, a concepção descrita é biologicamente possível se o sêmen for introduzido corretamente no trato reprodutivo feminino durante o período fértil. O caso deve gerar repercussões jurídicas sobre os direitos parentais de presos no sistema carcerário americano.