» Política
Presidente do STF rebate Trump e defende atuação da Corte em carta pública
Barroso nega perseguição política no Brasil e lista ameaças à democracia desde 2019 em resposta a tarifa dos EUA

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, publicou uma carta na noite de domingo (13) respondendo às alegações do ex-presidente norte-americano Donald Trump, que havia imposto tarifa de 50% sobre exportações brasileiras citando como justificativa processos judiciais contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Barroso classificou os argumentos de Trump como baseados em "compreensão imprecisa dos fatos" e afirmou categoricamente que "no Brasil de hoje, não se persegue ninguém".
Em sua defesa institucional, o ministro apresentou um detalhado relato dos eventos que, segundo ele, colocaram em risco a democracia brasileira nos últimos anos. A lista inclui desde o atentado terrorista frustrado no Aeroporto de Brasília em 2019 até os acampamentos golpistas em frente a quartéis em 2022, passando por tentativas de invasão a órgãos públicos, ameaças a ministros do STF e a campanha de desinformação sobre as eleições. Barroso destacou que a denúncia do Procurador-Geral da República aponta para um plano que incluía até mesmo o assassinato do presidente Lula, do vice Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes.
Sobre as críticas à suposta censura no Brasil, o presidente do STF foi enfático ao afirmar que todas as decisões da Corte são tomadas com transparência, em sessões públicas e com amplo direito à defesa. Ele explicou que as medidas relacionadas a redes sociais buscam equilibrar a liberdade de expressão com o combate a conteúdos ilegais, ressaltando que a regulação brasileira é menos rigorosa que a europeia.
A carta de Barroso surge em um momento delicado das relações entre Brasil e Estados Unidos, servindo tanto como defesa da atuação do Judiciário brasileiro quanto como esclarecimento sobre o atual momento político-institucional do país. O ministro finalizou reafirmando o compromisso do STF com a democracia e o Estado de Direito, garantindo que todos os processos seguem rigorosamente o devido processo legal.
Leia aqui a íntegra da carta de Barroso.
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