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IBGE atualiza série histórica do desemprego com base no Censo 2022; entenda o impacto

Taxas de desocupação dos últimos anos serão reajustadas nesta quinta (31); mudança segue padrão internacional

IBGE vai ajustar dados passados de desemprego; resultado do Censo vai reponderar amostra da Pnad. - Fotos: Fernando Frazão/Agência Brasil

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizará nesta quinta-feira (31) uma importante atualização metodológica na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua. Os novos dados de desemprego trarão a primeira reponderação com base no Censo Demográfico 2022, o que significa que toda a série histórica desde 2012 passará por ajustes.


O que muda na pesquisa de emprego?

A principal alteração será a adequação dos dados da Pnad Contínua ao novo perfil populacional identificado pelo Censo 2022. Isso significa que:

- A população de referência cairá de 216 milhões para 212,6 milhões em 2024
- Proporções demográficas (gênero, raça, área urbana/rural) serão atualizadas
- Taxas de desocupação dos últimos trimestres podem ter pequenos ajustes

Segundo o IBGE, "a reponderação é uma rotina após cada Censo e não deve alterar significativamente os percentuais, apenas em segundas ou terceiras casas decimais". A prática é adotada por institutos estatísticos em todo o mundo.

Como funciona a Pnad Contínua?


A pesquisa, considerada o principal termômetro do mercado de trabalho:

- Abrange 211 mil domicílios em 3.500 municípios
- Considera pessoas com 14 anos ou mais
- Inclui todas as formas de trabalho (formal, informal, autônomo)
- Só considera desempregado quem está ativamente procurando trabalho

Contexto atual do emprego no Brasil


Os últimos dados divulgados (27/06) mostraram:

- Taxa de desocupação: 6,2% (trimestre até maio) - menor da série histórica
- Mínimo recorde: 6,1% em novembro 2024
- Pico durante pandemia: 14,9% (set/2020 e mar/2021)