O réu Geraldo Mariano da Silva foi condenado, nesta terça-feira (2/9), a 24 anos e seis meses de prisão em regime fechado pelo feminicídio de Lorenilda Domingos da Silva, ocorrido em 2016, no município de Murici, Zona da Mata alagoana. O julgamento foi realizado pelo Tribunal do Júri da Comarca de Murici e a sentença aplicada pela juíza Paula Brito.

De acordo com o processo, os filhos da vítima, de apenas cinco e oito anos, presenciaram o início do espancamento da mãe e saíram desesperados para pedir ajuda. Lorenilda foi morta a golpes de faca dentro de casa.

Após o crime, o acusado fugiu e permaneceu foragido por anos, o que levou a Justiça a decretar, em 2017, a suspensão do prazo prescricional. Ele só foi localizado e preso em maio de 2024, quando passou a responder pelo homicídio qualificado.

Na sentença, a juíza destacou a brutalidade do feminicídio. “O acusado, além de assassinar a vítima com vários golpes de faca, apagou as luzes da casa, trancou as portas e ainda telefonou para familiares da vítima para relatar o crime. Isso demonstra o maior grau de censura de seu agir e o dolo intenso de sua conduta”, afirmou Paula Brito.

O processo também revelou um histórico de agressões e ameaças. Testemunhas relataram que Geraldo costumava intimidar familiares da vítima para manter a convivência com ela. Em uma ocasião, durante as festas de Ano Novo, Lorenilda chegou a ser espancada e precisou de atendimento médico.