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Ministério Público investiga grupo por fraudes fiscais milionárias no comércio de madeiras em Alagoas
Quinze mandados de busca e apreensão são cumpridos em Maceió contra empresas e pessoas físicas suspeitas de sonegação e concorrência desleal

O Ministério Público de Alagoas (MPAL), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (Gaesf), deflagrou nesta quinta-feira (4/9) a Operação Lignum, voltada à investigação de fraudes fiscais e lavagem de bens em empresas do setor madeireiro. Ao todo, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em Maceió, envolvendo nove pessoas físicas e seis jurídicas.
As apurações apontam que o esquema teria causado prejuízos superiores a R$ 6,7 milhões aos cofres públicos. A investigação identificou a emissão de milhares de notas fiscais ideologicamente falsas e a criação de seis empresas fictícias, controladas pelo mesmo núcleo familiar e registradas em um único endereço. Documentos e listas de cobrança indicam que o grupo utilizava familiares e “laranjas” como sócios para fraudar tributos e manter vantagens fiscais indevidas.
Segundo o promotor de Justiça Cyro Blatter, coordenador do Gaesf, as práticas investigadas não apenas afetaram a arrecadação do Estado, como também prejudicaram a concorrência justa, causando impactos significativos para empresas que atuam legalmente. “Além da responsabilização criminal, buscamos efeitos extrapenais, estabelecendo um mercado justo e combatendo a concorrência desleal, protegendo políticas públicas voltadas à população carente”, destacou.
Durante a operação, veículos, arma, documentos e equipamentos eletrônicos foram apreendidos. A ação contou com a parceria da Secretaria de Estado da Fazenda, Procuradoria-Geral do Estado, Secretaria de Estado da Segurança Pública, Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Científica e Secretaria de Ressocialização. O nome da operação, Lignum, do latim “madeira”, faz referência direta ao setor investigado.
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