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MPF e Ministério da Saúde discutem estratégias para conter casos de meningite B em Alagoas
Apesar de avanços na organização das equipes, estado segue acima da média nacional e atenção às crianças vulneráveis permanece prioridade

O Ministério Público Federal (MPF) em Alagoas se reuniu nesta sexta-feira (12/9) com representantes do Ministério da Saúde (MS) em Maceió para avaliar a situação da meningite do tipo B no estado. O encontro, que marca o terceiro ano consecutivo com registros da doença, teve como objetivo discutir medidas estruturadas para prevenir novos casos e proteger a população mais vulnerável, especialmente crianças.
Participaram da reunião o procurador regional dos direitos do cidadão, Bruno Lamenha, e os diretores do Ministério da Saúde Éder Gatti Fernandes e Rodrigo Stabeli, responsáveis, respectivamente, pelo Programa Nacional de Imunizações e pela Força Nacional do SUS. Embora não tenham participado diretamente, técnicos da Coordenação-Geral de Vigilância das Doenças Imunopreveníveis e do Departamento do Programa Nacional de Imunizações também contribuíram com informações e análises do cenário epidemiológico.
Segundo os representantes do MS, Alagoas apresentou avanços em relação aos anos anteriores, com equipes de saúde mais preparadas e maior organização nos protocolos de atendimento. Ainda assim, os números continuam acima da média nacional, mantendo o estado em alerta. Durante o encontro, foram discutidas estratégias como a descentralização das ações de profilaxia, definição de protocolos clínicos para sepse e elaboração de um plano de contingência que indique quando decretar situação de emergência em saúde pública.
O Ministério da Saúde esclareceu que, por enquanto, não há previsão de inclusão da vacina contra a meningite B no calendário nacional do SUS, já que a medida exigiria abrangência em todo o país e negociação com laboratórios para preços acessíveis. Apesar disso, os técnicos destacaram a importância do engajamento local dos gestores e profissionais de saúde, com capacitação contínua, oficinas e discussões de casos, para acelerar a resposta à doença.
O procurador Bruno Lamenha ressaltou a gravidade da situação, sobretudo para os bebês em situação de vulnerabilidade. “Essas famílias enfrentam enormes dificuldades de acesso à saúde e proteção. O poder público não pode se esquivar dessa responsabilidade. É fundamental garantir que essas crianças tenham a proteção que precisam”, afirmou.
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