A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) de Alagoas alertou para a importância de manter atualizado o esquema vacinal contra a Meningite, doença imunoprevenível e de fácil contágio. O reforço ocorre após a confirmação, na última quinta-feira (7/8), de mais um caso da doença no estado, em Maceió, envolvendo um bebê de 8 meses.

De janeiro até esta sexta-feira (8), Alagoas contabiliza 12 casos confirmados de doença meningocócica, sendo que quatro resultaram em óbito. Os casos ocorreram em Maceió (7), Campo Alegre (1), Flexeiras (1), Arapiraca (1), Rio Largo (1) e Palmeira dos Índios (1). As mortes foram registradas em Campo Alegre (1) e Maceió (3). No ano passado, foram 23 casos confirmados, com oito mortes.

O Programa Nacional de Imunização (PNI) em Alagoas orienta a vacinação com a meningocócica ACWY, disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) em todos os 102 municípios. O esquema vacinal inicia aos 3 meses de idade, com a primeira dose da vacina meningocócica C, seguida da segunda dose no quinto mês. Aos 12 meses, é aplicada a dose de reforço com a vacina meningocócica ACWY, que amplia a proteção contra os sorogrupos A, W e Y. Adolescentes entre 11 e 14 anos devem receber uma dose da mesma vacina para completar o esquema.

O secretário de Estado da Saúde, Gustavo Pontes de Miranda, reforça o apelo para que os pais atualizem a vacinação dos filhos. “ vacinação é fundamental para a segurança clínica de nossa população e está disponível nas unidades de saúde municipais para crianças a partir dos 3 meses de vida até a fase da adolescência, aos 14 anos. Por isso, não há desculpa para deixar de proteger nossos pequenos”, afirmou.

O infectologista da Sesau, Renee Oliveira, explica que a Meningite é uma inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, causada por bactérias, vírus, fungos ou outros agentes. A doença pode levar a óbito ou causar sequelas graves. “Por isso é primordial que os pais mantenham o calendário vacinal atualizado para proteger as crianças contra a Meningite e outras doenças”, destaca.

A transmissão ocorre por contato direto com gotículas respiratórias, secreções do nariz e garganta, além da via fecal-oral, por meio da ingestão de água ou alimentos contaminados. O infectologista alerta para a gravidade dos sintomas e recomenda procurar atendimento médico imediato ao perceber sinais da doença.