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Câmara de Maceió recebe jovens do Amor 21 e reforça debate sobre inclusão

Visita guiada aproxima jovens com síndrome de Down do Legislativo e reforça a importância de derrubar barreiras sociais

Câmara de Maceió - Fotos: Assessoria

A Câmara Municipal de Maceió recebeu, nesta quinta-feira (4/12), a visita de integrantes da instituição Amor 21, que atende famílias de pessoas com síndrome de Down. Durante a atividade, o coordenador do grupo, Tony Cabral, destacou que a deficiência não está na pessoa, mas nas barreiras impostas pela sociedade — uma reflexão que pautou todo o encontro.

O grupo, formado por nove participantes acompanhados de seus familiares, conheceu a estrutura da Casa, conversou com vereadores e discutiu como o Legislativo pode contribuir para fortalecer políticas voltadas às pessoas com deficiência. A visita fez parte do programa Circuito Câmara e foi conduzida pelo vereador Leonardo Dias, com apoio da Escola do Legislativo.

Para o parlamentar, o momento é uma oportunidade de dar visibilidade às pessoas com síndrome de Down e de incentivar seu envolvimento político. Ele ressaltou a importância do trabalho desenvolvido pela Amor 21 e pediu apoio dos colegas e da sociedade para ajudar a manter a instituição, que depende de doações.

“Esse projeto abre as portas da Câmara para que eles conheçam nosso trabalho e se sintam parte dele. O Amor 21 realiza um trabalho sério há anos, e é uma satisfação poder contribuir. Toda ajuda é bem-vinda, seja financeira, com roupas, calçados ou qualquer tipo de apoio”, afirmou Leonardo Dias.

O presidente da Câmara, Chico Filho, elogiou a iniciativa e destacou o reconhecimento que a instituição conquistou na capital. “É uma alegria receber vocês. A Casa estará sempre aberta”, afirmou.

A Amor 21 atualmente acompanha cerca de 150 famílias e é mantida por doações e emendas parlamentares. Segundo Tony Cabral, apesar de o país ter avançado em leis de proteção às pessoas com deficiência, ainda falta garantir que essas normas sejam efetivamente aplicadas.

“Quase 10% da população brasileira tem algum tipo de deficiência. Nossos direitos são muitos, mas a efetividade das leis ainda é um grande desafio. Estar aqui é fundamental para que eles se reconheçam como sujeitos de direitos e ocupem seu espaço”, destacou o coordenador.

Entre os visitantes estava Henrique Rodrigues, de 41 anos, que vive com síndrome de Down, mantém rotina de estudos, esportes e atuação política. Em breve, ele será palestrante no Congresso Brasileiro e Iberoamericano de Síndrome de Down, em Campinas, onde falará sobre suas vivências e perspectivas. “É gratificante estar aqui e conhecer quem elabora as leis que nos acompanham”, afirmou.