Condenação de Bolsonaro mexe com dinâmica eleitoral em Alagoas e define posição de JHC
Avaliações de lideranças partidárias e analistas políticos indicam que o fato uniu o eleitorado conservador, criando um cenário propício para ampliar a bancada federal e estadual

A condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo STF(Supremo Tribunal Federal) reconfigurou a estratégia eleitoral da direita alagoana, que agora concentra esforços no fortalecimento de candidaturas legislativas.
Avaliações de lideranças partidárias e analistas políticos indicam que o fato uniu o eleitorado conservador, criando um cenário propício para ampliar a bancada federal e estadual. A opção por priorizar o legislativo é interpretada como uma manobra para consolidar uma base de resistência institucional.
Neste contexto, figuras proeminentes como os deputados Alfredo Gaspar (União Brasil) e Cabo Bebeto (PL) tendem a buscar a reeleição para seus atuais mandatos, descartando uma investida pelo governo do estado. A decisão é fundamentada na análise de que ambos possuem limitações na capilaridade municipal, especialmente no interior, onde o voto é majoritariamente influenciado por lideranças locais tradicionais. A ausência de alianças sólidas com prefeitos e grupos políticos municipais torna inviável uma campanha estadual competitiva.
Em movimento contrário, o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (JHC), deve mesmo lançar candidatura ao governo de Alagoas. Sua estratégia será alinhar-se ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), buscando capitalizar o apoio da base governista nacional. Entretanto, especialistas alertam para o risco calculado: a decisão pode alienar parte do eleitorado bolsonarista da capital – crucial em suas vitórias anteriores –, exigindo de JHC uma campanha de conciliação de opostos para viabilizar sua vitória ao Palácio República dos Palmares.