A estratégia da defesa do deputado federal Paulão resultou em tumulto durante a sessão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) desta segunda-feira (22/8). Após repetidas interrupções e atitudes grosseiras, um dos advogados do parlamentar foi expulso do plenário à força. O clima tenso marcou a fase inicial do julgamento que pode cassar o mandato do deputado.

O processo questiona a legitimidade dos votos recebidos pelo ex-vereador João Catunda, cujas contas eleitorais foram reprovadas por obtenção ilícita de recursos. A anulação dos votos de Catunda, considerada provável, levará à recontagem dos votos e à consequente perda do mandato do Petista para o candidato Nivaldo Albuquerque, do partido Republicanos.

Apesar do revés tático com a expulsão do advogado, Paulão saiu da sessão com um respiro. O TRE rejeitou o pedido de nulidade do processo, mas concedeu um prazo de cinco dias para que a defesa, agora atuando como "assistente simples", apresente novas alegações. O breve intervalo oferece uma última chance para o deputado tentar reverter uma situação que ainda aponta para sua aposentadoria política.