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Jovem denúncia médico de UPA por estupro durante consulta em Maceió

O médico, identificado como Paulo Evandro Napoleão Lopes, de 37 anos, foi demitido pela direção da unidade de saúde

Um médico que trabalhava na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jaraguá, em Maceió, está sendo acusado de estuprar um jovem de 20 anos durante um atendimento médico realizado no último sábado (11), por volta das 23h.

A vítima registrou Boletim de Ocorrência e prestou depoimento oficialmente nesta segunda (13). O médico, identificado como Paulo Evandro Napoleão Lopes, de 37 anos, foi demitido pela direção da unidade de saúde. Ele nega que cometeu o crime.

"Eu fique sem reação. Só virei. Não tive. Não consegui fazer nada. Ele começou a se desculpar e disse 'desculpa, eu me confundi, achei que era isso que você queria'. Ficou se desculpando e ficou cerca de uns 15, 20 minutos tentando mudar o foco da conversa e depois pediu para que eu não falasse para ninguém. Eu tentei enrolar ele porque eu só queria sair dali, sabe", contou o paciente.

Ele disse que procurou atendimento médico na UPA do Jaraguá por suspeitar de herpes na região anal. Na ocasião, o médico teria sido sugerido um exame de toque retal. Entretanto, ao longo do procedimento, o jovem conta que teria sido penetrado pelo médico.

"Sugeriu que fizesse o toque retal. Achei que estava dentro da normalidade e ele prosseguiu com o exame, mas então durante o exame eu senti que as duas mãos dele estavam estavam no meu quadril. E então quando eu percebi virei para trás e vi que ele estava me penetrando", relatou.

Assim que saiu da UPA, na madrugada de domingo (12), o jovem registrou queixa na Central de Flagrantes.

"Foi feito o depoimento, o registro de ocorrência e a vítima foi encaminhada para exame de corpo de delito. Como não havia comprovação imediata da prática, o médico se apresentou com advogado e se comprometeu a prestar todos os esclarecimentos a posteriori", explicou o chefe de serviço do 2º DP, Luciano Pereira, que recebeu o inquérito.

O Conselho Regional de Medicina (CRM) em Alagoas informou que vai investigar a conduta do médico.

*Com informações de Agências