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Agente da PCAL presa em operação pagava R$ 40 mil mensais a parentes

O esquema envolvia sete pessoas da mesma família, incluindo dois sargentos da Polícia Militar de Alagoas

A operação Oplatek cumpriu sete mandados de prisão e 11 de busca e apreensão, em Maceió e Colônia Leopoldina - Fotos: Assessoria

Na manhã desta quinta-feira (26), a Operação Oplatek levou à prisão de uma agente da Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) acusada de desviar recursos públicos destinados ao ticket alimentação dos policiais, beneficiando seus próprios parentes com pagamentos de até R$ 40 mil por mês.

O esquema, que operava desde 2014, causou um rombo de aproximadamente R$ 7,5 milhões aos cofres públicos. Segundo o delegado-geral Igor Diego, a mulher encontrou uma "brecha no sistema" financeiro da instituição que permitia cadastrar parentes como beneficiários do ticket alimentação.

A autoridade policial detalhou que, inicialmente, os familiares recebiam valores normais, em torno de mil reais mensais, mas a partir de 2020, os valores começaram a aumentar drasticamente. Em 2024, cada parente estava recebendo cerca de R$ 40 mil por mês.

O esquema envolvia sete pessoas da mesma família, incluindo dois sargentos da Polícia Militar de Alagoas (PM/AL). Se indiciados, os suspeitos poderão responder por organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro.

Durante a operação, a polícia apreendeu quatro veículos da marca Jeep, avaliados em cerca de um milhão de reais no total, além de joias. A Polícia Civil planeja solicitar o bloqueio total dos bens dos envolvidos à medida que a investigação avança.

A operação Oplatek cumpriu sete mandados de prisão e 11 de busca e apreensão, em Maceió e Colônia Leopoldina.