Nesta terça-feira (25/06), a Polícia Civil de Alagoas (PCAL), através da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), realizou a operação Oplatek, que resultou na prisão preventiva de sete membros de uma mesma família, suspeitos de envolvimento em crimes contra a administração pública estadual.

A operação cumpriu sete mandados de prisão e 11 de busca e apreensão em Maceió e Colônia de Leopoldina. Entre os detidos estão uma agente da Polícia Civil e dois sargentos da Polícia Militar. De acordo com as investigações, o esquema criminoso começou em 2014 e movimentou mais de R$ 7,5 milhões. 

A investigação foi conduzida por equipes da Dracco, sob a coordenação dos delegados Igor Diego, Sidney Tenório e João Marcello, com mandados expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital. O efetivo contou ainda com o apoio da Corregedoria Geral da Polícia Civil (CGPC), da Diretoria de Inteligência (DINPOL), da Diretoria de Polícia Judiciária 1 (DPJ1), da Diretoria de Polícia Judiciária 3 (DPJ3) e da Polícia Militar.

A operação recebeu o nome de "Oplatek" em alusão à tradição milenar polonesa de dividir o pão entre membros da família, simbolizando a união, algo que a organização criminosa fazia para fortalecer seus laços internos.

Durante a ação, foram apreendidos sete veículos, incluindo três de luxo, além de joias, escrituras de imóveis, celulares, notebooks, relógios, tablets e maquinetas. Os suspeitos enfrentam acusações de organização criminosa, peculato, desvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro e inserção de dados falsos em sistemas de informação, com penas que, somadas, ultrapassam 44 anos de prisão.

Além das prisões, as contas dos envolvidos foram bloqueadas e os bens identificados até o momento foram sequestrados, com o objetivo de recuperar os prejuízos causados ao erário público.