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Cidade de Alagoas lidera ranking de casos da febre Oropouche; saiba qual

Estado confirma 19 infecções pela doença transmitida pelo mosquito maruim até o momento

Febre Oropouche é transmitida aos humanos por mosquitos infectados pelo arbovírus Orthobunyavirus - Fotos: Carla Cleto/Ascom Sesau

Nesta quinta-feira (8/8), a Secretaria de Estado de Saúde de Alagoas (Sesa-AL) divulgou dados atualizados sobre a febre Oropouche, revelando que 19 casos foram confirmados no estado. A doença, transmitida pelo mosquito Culicoides paraensis, conhecido como maruim, tem causado preocupação às autoridades.

Até o momento, Palmeira dos Índios é o município mais afetado, com 13 casos registrados. Outras localidades também foram identificadas com casos da doença, incluindo Japaratinga, com dois casos, e Porto Calvo, Tanque D'Árca, Messias e Estrela de Alagoas, que registraram um caso cada.

Os diagnósticos foram realizados pelo Laboratório Central de Alagoas (Lacen/AL) utilizando a metodologia RT-PCR em tempo real. O exame confirmou a presença do arbovírus específico para febre Oropouche, descartando dengue, zika e chikungunya.

A febre Oropouche é causada pelo arbovírus Orthobunyavirus oropoucheense (OROV), identificado pela primeira vez no Brasil em 1960. Desde então, a doença tem sido relatada principalmente na região Amazônica, com casos esporádicos em outros países das Américas Central e do Sul.

Os sintomas são semelhantes aos da dengue e incluem dor de cabeça intensa, dor muscular, náusea e diarreia. A semelhança com outras arboviroses destaca a importância da diferenciação diagnóstica por profissionais de saúde, que devem considerar aspectos clínicos, epidemiológicos e laboratoriais.

Para evitar a febre Oropouche, as autoridades de saúde recomendam minimizar o contato com áreas onde o mosquito é ativo e usar roupas que cubram a pele. É aconselhável aplicar repelente, manter os terrenos limpos e utilizar telas de proteção em portas e janelas para evitar picadas.