Passados mais de sete anos do triplo homicídio que chocou a sociedade alagoana e vitimou uma família no município do Pilar, o segundo acusado, identificado como José Ailton, foi julgado nesta quinta-feira (5/12). Ele teve as penas somadas, totalizando 63 anos e três meses de reclusão. O seu comparsa, Wedson Santos, já havia sido condenado a 48 anos de prisão.

O Ministério Público de Alagoas (MPAL), representado pelo promotor Sílvio Azevedo, teve papel importante no processo, sustentando a qualificadora de motivo fútil, agravada pelo fato de uma das vítimas ser uma criança e outra estar grávida. O crime aconteceu em 2017.

As vítimas, Elisabeth da Silva, 41 anos, Onilda Daiane da Silva, grávida de três meses, e o filho de dois anos, foram brutalmente assassinadas após a casa ser invadida enquanto dormiam. O alvo seria Daiane, mas, segundo Wedson Santos, a criança foi morta por ter acordado e começado a chorar durante a ação criminosa.

O julgamento de José Ailton foi demorado devido à defesa que alegava sua inimputabilidade. No entanto, exames comprovaram que ele era imputável, o que possibilitou a condenação. Para o promotor de Justiça Sílvio Azevedo, apesar da demora e da espera dos familiares e da população local, bem como de todo estado, nesta quinta-feira foi feito justiça.

“O crime à época abalou não somente a cidade do Pilar , mas toda Alagoas, principalmente porque entre as vítimas havia um menino de dois anos que levou tiros de pistola na cabeça. Não há justificativa para tanta frieza, tanta perversidade. A espera foi longa, mas hoje acredito que as pessoas da família, amigos, vizinhos estejam mais aliviados com a condenação”, afirmou o promotor, destacando o importante papel do Ministério Público na busca por justiça.

*Com informações do MPAL