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Spyware israelense Graphite ataca WhatsApp de jornalistas
WhatsApp interrompeu ação em dezembro, mas duração da vigilância ainda é desconhecida

Cerca de 100 jornalistas e membros da sociedade civil tiveram seus dispositivos invadidos por um spyware israelense chamado Graphite, que possui capacidades semelhantes ao famoso Pegasus, da NSO Group. O ataque, do tipo "zero-click", permitiu que os criminosos acessassem os aparelhos sem que as vítimas precisassem clicar em links ou arquivos maliciosos.
Segundo especialistas ouvidos pelo The Guardian, os ataques foram interrompidos pelo WhatsApp em dezembro, mas ainda não está claro por quanto tempo os alvos permaneceram sob vigilância. O WhatsApp confirmou que os dispositivos das vítimas foram comprometidos, mas não divulgou os nomes ou a localização dos afetados.
“O WhatsApp interrompeu um ataque spyware da Paragon que mirou em vários usuários, incluindo jornalistas e membros da sociedade civil”, afirmou um porta-voz da empresa. “Entramos em contato diretamente com as pessoas afetadas”, acrescentou.
O Graphite, assim como o Pegasus, permite acesso total ao dispositivo infectado, incluindo mensagens criptografadas de ponta a ponta. A plataforma acredita que o spyware foi distribuído por meio de um arquivo PDF malicioso enviado em grupos do mensageiro. O WhatsApp afirmou estar "confiante" de que a Paragon, empresa israelense, está por trás do ataque.
A situação reforça os riscos enfrentados por jornalistas e ativistas, que frequentemente são alvos de vigilância digital por meio de ferramentas sofisticadas como o Graphite.
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