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Defesa de Braga Netto pede mais prazo para responder à denúncia no STF
Advogados do general alegam dificuldade de acesso a provas e pedem o dobro do tempo concedido por Alexandre de Moraes para análise dos autos

Os advogados do general da reserva Braga Netto solicitaram nesta terça-feira (25/2) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a ampliação do prazo para apresentação da defesa na denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre o chamado Inquérito do Golpe.
Braga e o ex-presidente Jair Bolsonaro foram denunciados na semana passada sob acusação de participação em uma trama para impedir o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A defesa do general argumenta que o prazo concedido pelo ministro, de 15 dias, é insuficiente devido ao grande volume de material a ser analisado — cerca de 70 gigabytes e 1.400 arquivos. O advogado José Luiz de Oliveira solicitou que o período fosse dobrado para 30 dias.
Além disso, os advogados alegam não ter tido acesso à íntegra da delação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid. A defesa de Braga Netto quer se manifestar somente após a equipe jurídica de Cid apresentar sua posição.
"Constata-se que esta defesa não tem acesso efetivo à integralidade dos elementos da colaboração premiada de Mauro Cid, inviabilizando a análise das provas referidas na denúncia para apresentação da resposta escrita", afirmou Oliveira.
Braga Netto foi preso em dezembro do ano passado por ordem de Moraes, sob suspeita de obstrução das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado. De acordo com a Polícia Federal, o general teria tentado obter informações sigilosas da delação de Cid e era um dos principais articuladores do suposto plano golpista.
A defesa nega qualquer tentativa de interferência nas investigações e aguarda a decisão do STF sobre o pedido de ampliação do prazo.
*Com informações da Agência Brasil
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