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TJAL promove palestra sobre empatia e inclusão de pessoas autistas para estudantes da rede pública

Cidadania e Justiça na Escola levou mais de 200 alunos para a atividade, realizada no mês de conscientização sobre o transtorno

Psicóloga Willyara Gomes palestra para estudantes de escolas públicas - Fotos: Adeildo Lobo

O Programa Cidadania e Justiça na Escola (PCJE) realizou, na quinta-feira (10/4), uma palestra com o tema "Conhecer para incluir", voltada à conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). O evento aconteceu no auditório do Pleno do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) e reuniu mais de 200 estudantes de escolas públicas.

A atividade integrou o mês de conscientização sobre o autismo e foi conduzida pela psicóloga Willyara Gomes, que abordou, de forma didática e sensível, os principais aspectos do transtorno e a importância da inclusão no ambiente escolar e social.

"Nosso objetivo foi explicar para esses adolescentes a importância da inclusão em todos os ambientes. Passeamos um pouco entre o diagnóstico de TEA, as características, o fato de o autismo ser um espectro e como eles podem incluir esses colegas tanto na escola quanto em outros espaços", destacou Willyara.

Estudantes em foco

Para Emilly Clisia, aluna do 9º ano da Escola Municipal Pompeu Sarmento, a palestra trouxe aprendizados importantes, especialmente por já conviver com um colega autista.

"Achei muito bonito e importante. Ajuda a gente a ver como as pessoas autistas necessitam da inclusão e como a escola pode ajudar as famílias e os amigos. Eu queria entender melhor o lado dele, porque ele tem hiperfoco. Agora vou usar isso ao meu favor, conversar mais sobre as coisas que ele gosta", compartilhou a estudante.

A auxiliar de educação especial Edjane Alves, da Escola Estadual Mário Broad, ressaltou a evolução dos alunos com TEA quando há apoio e acolhimento no ambiente escolar.

"O autista precisa estar incluído no contexto da escola para o seu desenvolvimento. Temos visto uma grande evolução, tanto na parte pedagógica quanto na social. Eles se tornam mais autônomos, mais participativos, e isso impacta diretamente na vida deles como cidadãos", afirmou.

Educar para incluir

A juíza Carolina Valões, coordenadora do PCJE, explicou que ações como essa são fundamentais para promover uma cultura de empatia e respeito às diferenças.

"Esse movimento começa com o conhecimento sobre o assunto. Ao entendermos o que é o autismo e como ele se manifesta, conseguimos, de fato, criar um ambiente escolar mais acolhedor. Ensinar que cada pessoa sente, aprende e se comunica de um jeito único, e que isso é absolutamente humano, é um passo importante para a inclusão", afirmou a juíza.

A palestra também foi direcionada aos profissionais da educação, com o intuito de capacitá-los para apoiar e incluir os estudantes autistas em sua totalidade.

Participaram do evento alunos da Escola Municipal Pompeu Sarmento, Escola Municipal Zumbi dos Palmares, Escola Estadual Mário Broad e Escola Estadual Princesa Izabel.