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Esquema de desvio no INSS começou em 2019, durante governo Bolsonaro, e já soma R$ 6,3 bilhões
Justiça Federal afasta cinco dirigentes do INSS após investigação revelar descontos ilegais em benefícios de aposentados; operação teve participação da CGU e PF

A Justiça Federal determinou o afastamento cautelar de cinco dirigentes do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) após investigações da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Polícia Federal (PF) revelarem um esquema de descontos não autorizados em benefícios de aposentados e pensionistas. Os desvios começaram em 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro, e totalizam cerca de R$ 6,3 bilhões até 2024.
Entre os afastados estão o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, indicado pelo ministro da Previdência, Carlos Lupi, além de outros quatro diretores da autarquia. Lupi defendeu a presunção de inocência dos investigados, mas horas depois o Palácio do Planalto anunciou a demissão de Stefanutto.
Como funcionava o esquema
Investigadores apontam que entidades associativas faziam descontos ilegais em benefícios previdenciários, supostamente com aval de servidores do INSS. Em amostra analisada pela CGU, 97% dos beneficiários afirmaram não ter autorizado os descontos.
Os valores desviados cresceram ano a ano:
- 2019: R$ 604 milhões
- 2022: R$ 706 milhões
- 2023: R$ 1,2 bilhão
- 2024: R$ 2,8 bilhões (parcial)
Operação Sem Desconto
A PF cumpriu 211 mandados de busca e apreensão, seis prisões temporárias e bloqueou R$ 1 bilhão em bens dos investigados. Um policial federal também foi afastado por suposta colaboração com o esquema.
AGU cria grupo para recuperar recursos
A Advocacia-Geral da União (AGU) formou uma equipe para reaver os valores desviados e responsabilizar as entidades envolvidas. O advogado-geral da União, Jorge Messias, afirmou que o objetivo é garantir a reparação dos prejuízos aos aposentados.
Com informações da Agência Brasil
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