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STF já tem 4 votos para manter Collor preso; votação virtual segue até as 23h59
Ministro Gilmar Mendes leva ao plenário decisão sobre prisão do ex-presidente

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), destacou nesta sexta-feira (25) o julgamento sobre a manutenção da prisão do ex-presidente Fernando Collor, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes. O caso foi levado ao plenário físico da Corte após votação virtual que registra, até o momento, 4 votos a 0 pela manutenção da prisão.
Os votos já registrados são dos ministros Alexandre de Moraes (relator do caso), Flávio Dino, Luís Roberto Barroso e Edson Fachin. Apesar do destaque de Gilmar Mendes, os demais ministros podem votar no plenário virtual até as 23h59 desta sexta. A decisão final, no entanto, só será concluída no plenário físico, mantendo Collor preso até lá.
Prisão e condenação de Collor
Collor foi preso na madrugada desta sexta (25) em Maceió (AL), após Alexandre de Moraes rejeitar os últimos recursos da defesa na quinta-feira (24), considerados protelatórios. O ex-presidente foi condenado em 2023 a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em um caso derivado da Operação Lava Jato.
A defesa de Collor afirmou, em nota, receber a decisão com "surpresa e preocupação". Ele segue preso na sede da Polícia Federal em Alagoas, no bairro de Jaraguá, Maceió.
Collor foi denunciado pela PGR em 2015 por corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa, peculato e obstrução de Justiça. O STF, no entanto, descartou as acusações de peculato e obstrução em 2017, considerou prescrito o crime de organização criminosa em 2023, confirmou o recebimento de R$ 20 milhões em propina (valor abaixo dos R$ 29,9 milhões alegados pela PGR).
O caso foi julgado no STF porque Collor era senador por Alagoas na época da denúncia. Segundo a acusação, ele intermediou contratos da BR Distribuidora (Petrobras) em troca de propina, usando sua influência para indicar diretores e beneficiar empresas.
Delatores e bens apreendidos
Três delatores da Lava Jato citaram Collor:
- Alberto Youssef: R$ 3 milhões em propina;
- Ricardo Pessoa (UTC): R$ 20 milhões;
- Rafael Ângulo: entrega de R$ 60 mil em espécie a Collor.
A Polícia Federal apreendeu 3 carros de luxo (Ferrari, Porsche e Lamborghini) em nome de empresas de fachada, além de imóveis e obras de arte – estratégias para lavar dinheiro, segundo as investigações.
Com informações do G1
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