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Confira algumas 'piadas' que levaram a condenação de Léo Lins a 8 anos de prisão
Justiça Federal aplica pena por racismo, LGBTfobia e outros crimes em apresentação de 2022; multa supera R$ 300 mil

A Justiça Federal condenou o humorista Leo Lins a 8 anos e 3 meses de prisão por crimes de racismo, homofobia e discriminação em show realizado em 2022. A decisão inclui ainda multa de 1.170 salários-mínimos e indenização de R$ 303,6 mil por danos morais coletivos. O caso foi julgado pela 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo (TRF3).
Durante a apresentação, Lins proferiu frases ofensivas contra negros, LGBTQIA+, nordestinos, pessoas com deficiência e outros grupos. Entre os trechos mais polêmicos, destacam-se piadas como "Na escravidão já nascia empregado e achava ruim!" sobre negros, e "Como emagrecer? Pegando AIDS com gay sem camisinha!", direcionada à comunidade LGBTQIA+.
Sobre os nordestinos ele disse que “Você pegar voo pro Nordeste é uma experiência, porque tem umas pessoas com aparência primitiva […] Anda em 2D, parece um caranguejo.” e completou: “Tem ser humano que não é 100% humano. O nordestino do avião? 72%.”
A defesa do humorista alegou liberdade de expressão artística, mas a Justiça foi enfática ao rejeitar o argumento. O tribunal destacou que o contexto humorístico não isenta a prática de crimes, citando especificamente a Lei do Racismo (7.716/89) e o Estatuto da Pessoa com Deficiência (13.146/2015). A decisão estabeleceu precedente importante sobre os limites entre humor e discurso de ódio.
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