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Bolsonaro pode ser preso? Entenda a ordem dos interrogatórios do STF

Ministro Alexandre de Moraes preside audiências que começam nesta segunda (9); ex-presidente e outros 7 réus respondem por crimes contra a democracia

Jair Bolsonaro, Braga Netto, Augusto Heleno, Anderson Torres, Mauro Cid, Alexandre Ramagem, Almir Garnier Santos e Paulo Sérgio Nogueira - Fotos: Reprodução/G1

O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta segunda-feira (9) os interrogatórios dos oito réus no processo sobre a tentativa de golpe após as eleições de 2022. O ex-presidente Jair Bolsonaro e seu ex-ajudante Mauro Cid estão entre os que deporão perante o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.

As audiências ocorrerão na Primeira Turma do STF, com espaço adaptado para receber os acusados. A segurança do prédio foi reforçada, e os interrogatórios seguirão até quinta-feira (13), se necessário. Além de Moraes, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, e as defesas poderão questionar os réus.

Os principais pontos da denúncia


A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa Bolsonaro de liderar uma organização criminosa com o objetivo de impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo a denúncia, o grupo agiu de forma coordenada, incluindo a elaboração de uma "minuta golpista" discutida com ex-comandantes militares.

Quem são os réus?


- Mauro Cid (delator e ex-assessor de Bolsonaro)
- Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin)
- Almir Garnier Santos (ex-comandante da Marinha)
- Anderson Torres (ex-ministro da Justiça)
- Augusto Heleno (ex-GSI)
- Jair Bolsonaro (ex-presidente)
- Paulo Sérgio Nogueira (ex-Defesa)
- Walter Braga Netto (ex-Casa Civil)

Como funcionarão os interrogatórios?


Ordem de depoimentos:
Mauro Cid falará primeiro, seguido dos demais em ordem alfabética. Bolsonaro deve depor entre terça (10) e quarta (11).

Direito ao silêncio:
Os réus podem se recusar a responder perguntas que os incriminem.

Crimes imputados:
Incluem golpe de Estado, organização criminosa e dano ao patrimônio público.

O caso é considerado o mais avançado entre as investigações sobre os eventos pós-eleição de 2022 e pode definir o futuro jurídico de figuras-chave do governo Bolsonaro.