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Bolsonaro nega ter recebido "voz de prisão" de comandante do Exército

Ex-presidente contradiz depoimento de ex-comandante da Aeronáutica durante interrogatório no STF; Freire Gomes também nega episódio

Ministro Alexandre de Moraes ouve o depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro - Fotos: Valter Campanato/Agência Brasil

Em depoimento ao ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente Jair Bolsonaro negou ter recebido "voz de prisão" do então comandante do Exército, general Freire Gomes, durante reunião com os comandantes das Forças Armadas em 2022. O encontro teria discutido a possível adesão das tropas a um plano para reverter os resultados das eleições.


"As Forças Armadas sempre primaram pela disciplina e hierarquia. Aquilo falado pelo brigadeiro Baptista Júnior não procede", afirmou Bolsonaro, referindo-se ao ex-comandante da Aeronáutica, que confirmou a ameaça de prisão em depoimento à Polícia Federal (PF).

Versões Conflitantes: O Que Dizem os Militares?

Freire Gomes, ao testemunhar no mês passado, negou categoricamente a ocorrência:"Não aconteceu isso [voz de prisão]. Alertei o presidente que, se saísse dos aspectos jurídicos, ele seria implicado juridicamente".

Já Baptista Júnior manteve sua versão de que o ex-presidente foi advertido sobre consequências legais.

Bolsonaro aproveitou para criticar o ex-comandante da Aeronáutica: "Se dependesse de alguém diferente para um plano ridículo desse, eu teria trocado o comandante".