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Ex-gerente é investigado por desviar R$ 600 mil de loja de automóveis em Porto Calvo, aponta Polícia Civil

Crime envolveu fraude com maquininhas de cartão e abuso de confiança; Ministério Público pede quebra de sigilos e perícia contábil

Crime em Porto Calvo envolvia maquininhas de cartão paralelas em nome da empresa - Fotos: Divulgação

A Polícia Civil de Alagoas investiga um homem acusado de desviar R$ 600 mil de uma loja de automóveis em Porto Calvo. O suspeito, que ocupava um cargo de confiança como gerente, foi indiciado em 7 de maio por furto qualificado, abuso de confiança, fraude e estelionato. O Ministério Público Estadual (MPE) solicitou novas diligências para apurar o esquema, que teria sido descoberto após a esposa do proprietário começar a trabalhar no mesmo setor.

Segundo o Boletim de Ocorrência registrado pelo dono da loja, o investigado utilizava maquininhas de cartão paralelas em nome da empresa, redirecionando pagamentos para contas próprias e de familiares. As transações suspeitas eram feitas exclusivamente por meio de um iPhone 12, conforme dados da operadora de cartões.

Como funcionava o esquema, segundo as investigações:


- Maquininhas paralelas: O acusado operava um equipamento adicional cadastrado no CNPJ da loja, mas sob seu controle.
- Desvios sistemáticos: Valores eram transferidos para contas vinculadas a ele e a parentes.
- Ocultação de informações: O suspeito adulterava registros financeiros para evitar detecção.

O MPE classificou o caso como um "esquema articulado, com dissimulação e abuso de confiança", caracterizando crimes continuados e de alta complexidade. Para aprofundar as investigações, a Polícia Civil foi orientada a:

- Solicitar a quebra de sigilo bancário, fiscal e telemático do investigado e familiares.
- Realizar uma perícia contábil para quantificar o prejuízo total.
- Ouvir novamente o proprietário, sua esposa, funcionários e parentes do acusado.

O caso segue sob investigação, e novas medidas devem ser tomadas para rastrear o dinheiro desviado e identificar possíveis cúmplices. Enquanto isso, empresários da região alertam para a necessidade de maior controle em transações financeiras dentro de empresas.