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MPAL denuncia oito pessoas por fraudes em jogos online; Kel Ferreti está entre os acusados
Penas somadas podem chegar a 255 anos de prisão

O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (Gaesf), ofereceu denúncia no último dia 9, no âmbito da Operação Trapaça. A ação investiga uma organização criminosa (Orcrim) dedicada a fraudes estruturadas, exploração de jogos de azar online, lavagem de dinheiro e manipulação de rifas. A denúncia pede a condenação de oito pessoas, com penas que, somadas, podem chegar a quase 255 anos de prisão. Entre os presos está o influenciador digital Kel Ferreti.
A investigação teve início com o foco no cassino virtual “Fortune Tiger”, popularmente conhecido como "jogo do tigrinho", que ganhou notoriedade por meio de campanhas massivas promovidas por influenciadores digitais. Segundo o Gaesf, a organização criminosa era liderada por um ex-policial militar que ostentava uma vida de luxo nas redes sociais, divulgando links de apostas e participando de rifas manipuladas.
A denúncia também destaca a manipulação de rifas promovidas nas redes sociais, com indícios de que os sorteios eram fraudados para beneficiar membros da Orcrim. “Essa prática, além de ilegal, reforça o caráter enganoso das atividades dos criminosos, que utilizavam a falsa promessa de prêmios para atrair vítimas”, explicou o promotor de Justiça e coordenador do Gaesf, Cyro Blatter.
Entre os denunciados estão o proprietário formal de veículos de luxo usados pelo suposto líder, sua esposa – envolvida na divulgação de jogos e rifas – e um sócio de uma das empresas investigadas. Há ainda indícios de fraudes bancárias e uso de "laranjas" para ocultar bens, como carros de alto padrão registrados em nome de terceiros.
Para o líder da organização, o MPAL requereu 77 anos e cinco meses de prisão. Já os outros sete acusados podem somar 177 anos e dois meses de reclusão, totalizando 254,7 anos de penas.
Operação Trapaça: o golpe por trás dos jogos de azar
A operação, deflagrada em dezembro de 2024, recebeu o nome de "Trapaça" em referência ao engano praticado contra as vítimas, levando-as a acreditar em uma "ascensão rápida" por meio de apostas online – algo que, na realidade, escondia um esquema fraudulento.
Sobre o Gaesf
O Gaesf é composto por integrantes do MPAL, Secretaria de Estado da Fazenda, Procuradoria-Geral do Estado, Polícias Civil e Militar de Alagoas, entre outros órgãos, atuando no combate a crimes financeiros e lavagem de dinheiro.
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