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PF encontra dinheiro escondido em sapato durante operação contra fraudes em licitações
Busca e apreensão na casa do vereador Francisco Nascimento, primo do deputado Elmar Nascimento, revelou maços de dinheiro
A Polícia Federal encontrou maços de dinheiro guardados dentro de um sapato na residência do vereador Francisco Nascimento, conhecido como Francisquinho, durante cumprimento de mandado nesta quinta-feira (17/7), em Campo Formoso (BA). Ele é primo do deputado federal Elmar Nascimento (União-BA), que também aparece nas investigações da Operação Overclean.
Francisquinho já havia se tornado alvo da PF no ano passado, quando, durante outra fase da mesma operação, jogou uma sacola com R$ 220 mil pela janela para tentar evitar a apreensão.
Nesta quinta fase, os agentes cumpriram 18 mandados de busca e apreensão. Entre os alvos estão o prefeito de Campo Formoso, Elmo Nascimento (União) — irmão do deputado Elmar —, o ex-assessor parlamentar Amaury Albuquerque Nascimento e o ex-presidente da Codevasf, Marcelo Moreira.
Como funcionava o esquema?
Segundo a PF, Francisquinho teria atuado para manipular licitações na prefeitura de Campo Formoso, onde ocupava cargo de secretário-executivo até o fim de 2023. As mensagens coletadas apontam que ele repassava informações privilegiadas aos donos da Allpha Pavimentações, empresa que venceu contratos milionários no município.
As conversas mostram que os empresários receberam dados antecipados, influenciaram regras das concorrências e até pagaram valores ao vereador para garantir a vitória. Em uma das trocas de mensagens, Francisquinho afirma: “Eu tirei uma e o pregoeiro outra”, em referência à desclassificação de concorrentes, com a participação do pregoeiro Márcio Freitas dos Santos, também investigado.
Os contratos sob suspeita foram financiados com recursos de emendas de relator, mecanismo conhecido como “orçamento secreto”, destinados por Elmar Nascimento. Apenas em 2023, a Allpha recebeu R$ 56,9 milhões da prefeitura. A Polícia também apura se Marcelo Moreira, ex-presidente da Codevasf, contribuiu para direcionar os processos.
Durante as buscas, os investigadores encontraram uma planilha que cita repasses de R$ 493 mil ao ex-assessor Amaury Albuquerque, valor que pode indicar pagamento de propina.
*Com Agências
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