» Sociedade

Movimentos do campo ocupam Secretaria de Agricultura e cobram Reforma Agrária em Alagoas

Mais de mil trabalhadores rurais participam de acampamento em Maceió durante a Semana Camponesa, reivindicando políticas para assentamentos e cumprimento de acordos

Movimentos do campo ocupam sede da Seagri e cobram avanço da Reforma Agrária em Alagoas - Fotos: Assessoria

Movimentos do campo ocuparam neste domingo (20/7) a sede da Secretaria de Agricultura de Alagoas (Seagri), no Centro de Maceió, para cobrar avanços na Reforma Agrária no estado. Mais de mil trabalhadores e trabalhadoras rurais montaram um acampamento no pátio do órgão como parte da programação da Semana Camponesa em Alagoas.

Entre as principais reivindicações está o cumprimento do acordo firmado em 2015, que previa a destinação das terras da Usina Laginha e parte da Usina Guaxuma para a criação de assentamentos rurais. Além disso, os manifestantes pedem a criação de políticas agrícolas voltadas ao fortalecimento dos assentamentos e acampamentos, com ações que envolvam mecanização, agroindustrialização, produção de sementes e comercialização dos alimentos produzidos.

A mobilização integra uma agenda nacional com o lema “Para o Brasil Alimentar, Reforma Agrária Popular”, que busca dialogar com a sociedade sobre a importância da Reforma Agrária para o desenvolvimento econômico e social. “Nós queremos debater com os órgãos públicos sobre as pautas já conhecidas para avanço das condições de vida do povo que vive no campo, mas também dialogar com a sociedade sobre a necessidade de que essa luta seja abraçada por todos e todas”, afirmou Margarida da Silva, da direção nacional do MST.

Os movimentos também cobram a reativação do Comitê Estadual de Mediação de Conflitos Agrários e do Centro de Gerenciamento de Crises e Direitos Humanos da PM/AL, que atuava como mediador em disputas por terra no estado. “É fundamental que a gente não olhe para o campo como um problema, mas como um espaço de possibilidades de resolver os problemas que vivem na cidade e, para isso, evitar e acompanhar os conflitos e disputas que existem nesses locais são fundamentais”, destacou Marcos Marron, da Frente Nacional de Luta (FNL).

O acampamento segue instalado na sede da Seagri, onde barracos de lona e uma cozinha coletiva foram montados. Nos próximos dias, os trabalhadores rurais devem realizar novas mobilizações em Maceió. A ação reúne diversas organizações, como a Comissão Pastoral da Terra (CPT), Frente Nacional de Luta (FNL), Movimento Terra, Trabalho e Liberdade (MTL), Movimento Popular de Luta (MPL), Movimento Social de Luta (MSL), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento Via do Trabalho (MVT) e Movimento Terra Livre.

*Com informações da Assessoria