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Movimentos sociais se mobilizam em cartório de Branquinha por acesso a documentos sobre terras da Usina Laginha

Grupo denuncia entraves burocráticos e suspeita de favorecimento a grandes proprietários rurais na região

Manifestantes de oito movimentos sociais ocupam cartório em Branquinha - Fotos: O Alagoano

Integrantes de oito movimentos sociais do campo — MST, MPA, MPL, MTL, FNL, Via Campesina, Liga dos Camponeses Pobres e Movimento Terra Livre — se mobilizaram em frente ao Cartório de Registro Civil de Branquinha, na Zona da Mata alagoana, na manhã desta quinta-feira (31/7), para cobrar acesso a documentos relacionados a terras da antiga Usina Laginha.

A mobilização ocorreu diante da suspeita de irregularidades no processo de arrendamento das áreas ao Grupo Utinga Leão, o que, segundo os movimentos, prejudica o destino social das terras, antes previstas para assentamentos da reforma agrária.

As lideranças denunciam que, apesar de já terem apresentado toda a documentação necessária, o cartório segue impondo barreiras burocráticas e atrasando o fornecimento das informações. Eles apontam que a situação pode estar sendo influenciada por interesses de grandes proprietários da região.

O grupo deu um prazo de 48 horas para que o cartório libere os documentos solicitados, sob pena de acionar o Ministério Público Federal e a Defensoria Pública da União. O cartório de Branquinha ainda não se pronunciou sobre o caso até a publicação desta reportagem.