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MP consegue condenação de 29 anos por homicídio e tentativa de homicídio por R$ 3 em Alagoas

Réu atirou contra vítimas após discussão sobre cobrança de estacionamento; sobrevivente sofreu graves traumas

MPAL consegue condenação de 29 anos por homicídio e tentativa de homicídio por R$ 3,00 no litoral de Alagoas - Fotos: Assessoria mpal

O Ministério Público de Alagoas (MPAL) obteve, nesta quarta-feira (10/9), a condenação de Valter Ferreira de Carvalho Júnior a 29 anos e dois meses de reclusão pelos crimes de homicídio qualificado e tentativa de homicídio qualificado. O julgamento ocorreu no fórum de Maceió, com atuação da promotora de Justiça Adilza Inácio de Freitas, que apresentou provas suficientes para convencer os jurados da culpabilidade do réu.


Os crimes ocorreram em 8 de agosto de 2014, na ponte da Lagoa de Roteiro, após uma discussão motivada pelo pagamento de R$ 3,00 referente ao estacionamento na Praia do Gunga. Valter e um comparsa, William de Souza Ferreira, interceptaram as vítimas – Anderson Medeiros Teixeira e Letícia Soares dos Santos – e efetuaram disparos de arma de fogo. Anderson morreu no local, enquanto Letícia sobreviveu, mas sofreu ferimentos graves e desenvolveu sequelas emocionais, incluindo depressão, ansiedade e medo de sair de casa.

De acordo com a denúncia, as vítimas haviam pago o valor solicitado, mas questionaram a cobrança irregular. Pouco depois, foram abordadas por Valter e William, que dispararam contra elas. Durante o júri, o conselho de sentença acatou a tese do MPAL, reconhecendo que os crimes foram cometidos por motivo fútil e com o uso de arma de fogo, qualificando a pena.

O juiz Geraldo Cavalcante Amorim determinou que a pena de 29 anos e dois meses seja cumprida em regime inicialmente fechado, com início imediato da execução.

“Estamos diante da banalidade do mal, onde a vida de um ser humano não tem nenhum valor para esse tipo de criminoso. Com mais essa condenação, o Ministério Público de Alagoas entende que o seu papel no combate à criminalidade violenta segue sendo cumprido, e reafirma o compromisso da instituição em garantir justiça às vítimas e seus familiares”, afirmou a promotora Adilza Inácio de Freitas.