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Aos 208 anos, Alagoas precisa avançar em políticas de segurança pública, alertam organizações

Fórum Popular de Segurança Pública destaca que juventude negra e periférica segue como principal vítima da violência no estado

Aos 208 anos, Alagoas precisa avançar em políticas de segurança pública, alertam organizações - Fotos: Ascom PM-AL

Nesta terça-feira (16/9), no aniversário de 208 anos de Alagoas, entidades da sociedade civil defendem que a data deve ser marcada não apenas por celebração, mas também por reflexão sobre os desafios sociais e de segurança pública que ainda persistem.

O Fórum Popular de Segurança Pública de Alagoas (FPSP/AL), em articulação com o Fórum Popular do Nordeste de Segurança Pública, chama atenção para a necessidade de políticas construídas de forma participativa. Apesar da queda recente nos números gerais da violência letal, a juventude preta, periférica e pobre continua sendo a principal vítima.

A análise racial dos dados sociais — que envolvem áreas como educação, saúde, assistência e pobreza — mostra que corpos negros seguem como principais alvos de violações, revelando que os avanços institucionais não alcançaram a população de forma igualitária.

“Nos territórios periféricos, ainda marginalizados, há pouco ou nenhum investimento em prevenção da violência. É preciso enfrentar coletivamente esses desafios e exigir do Estado compromisso real com a superação dessa realidade”, afirmou Roberto Silva, do CEDECA Zumbi dos Palmares e membro do FPSP/AL.

As organizações defendem como medidas urgentes a aprovação do Projeto de Lei que cria o Mecanismo de Combate à Tortura, o fortalecimento do Comitê de Prevenção à Violência, a ampliação do investimento em prevenção e não apenas em repressão, além da realização de concursos públicos e da criação de oportunidades de trabalho e qualificação profissional.

Para o Fórum, os 208 anos de Alagoas devem ser um momento de reflexão crítica e de compromisso com um futuro no qual a vida das juventudes negras, periféricas e marginalizadas seja prioridade.

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