Presidentes de sete câmaras de vereadores da Região Metropolitana de Maceió e a União dos Vereadores de Alagoas (Uveal) se reuniram, nesta quarta-feira (8/10), para cobrar respostas urgentes da BRK Ambiental diante das constantes reclamações da população sobre a má qualidade dos serviços de água e esgoto.

O encontro ocorreu um dia após a Câmara Municipal de Maceió aprovar uma moção de repúdio coletiva contra a concessionária, citando ruas destruídas, faturas abusivas e atendimentos sem solução.

Participaram da reunião os presidentes das câmaras de Maceió (Chico Filho), Marechal Deodoro (Yuri Cortez), Satuba (Rogério Silva), Rio Largo (Haroldo Nascimento), Paripueira (Fan do Lava Jato), Barra de Santo Antônio (Flávia Oliveira), Santa Luzia do Norte (primeira secretária) e o presidente da Uveal, Neto Bonfim.

Durante o encontro, foi criado um manifesto conjunto e uma Frente Parlamentar Intermunicipal, que encaminhará as demandas ao Ministério Público Estadual (MPE), à Arsal e à própria BRK. O grupo exige que a empresa apresente, em até 15 dias, um plano emergencial com metas e prazos de investimento, além de indicadores por bairro e um calendário de obras.

O documento cobra ainda que a BRK mantenha um portal de transparência, com informações sobre a qualidade da água e interrupções, além de recompor o pavimento imediatamente após intervenções e manter atendimento 24 horas ao público.

Segundo o presidente Chico Filho, as câmaras estudam apresentar um projeto de lei conjunto para reforçar as cobranças. “Nós, presidentes das câmaras da região metropolitana, insatisfeitos com a prestação de serviços da BRK, e muito cobrados pela população, resolvemos nos reunir. E enquanto câmaras, vamos propor audiências públicas, visitas técnicas, vamos criar centrais de recebimento de denúncias e, quando necessário, acionaremos o Procon, o Ministério Público, o Tribunal de Contas e a Ordem dos Advogados de Brasil”, afirmou.

Já o presidente da Uveal, Neto Bonfim, reforçou que o problema é generalizado em todo o estado. “Apoiamos porque vemos que o consumidor vem sendo lesado. Precisamos nos unir, até mesmo porque em outras regiões, onde outros consórcios atendem, o problema se repete, é a má prestação de serviço. Então temos que dar as mãos e nos unir por uma causa só”, disse.