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Defensoria Pública de Alagoas ajuíza ação contra planos de saúde por atendimento a pacientes com TEA

Unimed e Hapvida são acionadas para garantir consultas em até 48 horas e profissionais qualificados

Defensoria Pública de Alagoas ajuíza ação contra planos de saúde por atendimento a pacientes com TEA - Fotos: Reprodução

A Defensoria Pública do Estado de Alagoas, por meio do Núcleo de Proteção Coletiva, ajuizou nesta quarta-feira (22/10) uma ação civil pública contra as operadoras Unimed e Hapvida, visando assegurar atendimento adequado a pacientes com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

A ação requer que os planos de saúde realizem a marcação de consultas no prazo máximo de 48 horas após a solicitação do usuário e garantam o fornecimento de profissionais habilitados conforme prescrição do médico assistente, incluindo local, horários e demais condições necessárias à efetividade do tratamento.

Os defensores públicos Othoniel Pinheiro e Lívia Risso, autores da ação, ressaltam que o Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) já possui entendimento consolidado em favor dos pacientes com TEA. “Os planos precisam seguir, de forma definitiva, as orientações já reconhecidas pelo Tribunal, respeitando a autonomia médica e as necessidades de cada paciente”, afirma Othoniel Pinheiro.

A Defensoria recebeu relatos de famílias sobre falhas recorrentes, como demora no início dos tratamentos, desconsideração das prescrições médicas, limitação de sessões e indicação de profissionais sem qualificação técnica adequada, condutas que comprometem o direito ao tratamento integral e individualizado.

“O médico assistente é a autoridade mais adequada para definir o tratamento, e o plano de saúde não pode interferir nesse juízo técnico. É dever das operadoras garantir acesso a profissionais qualificados e fornecer informações claras sobre a rede credenciada, assegurando a continuidade e qualidade do cuidado às pessoas com TEA”, conclui a defensora Lívia Risso.