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Homem é condenado a mais de 16 anos por matar mulher com 15 facadas no interior de Alagoas

Ministério Público reforça combate à violência de gênero e destaca importância do veredito como resposta à sociedade

Tribunal do Júri - Fotos: Dicom TJAL

O mutirão do júri realizado em Arapiraca foi encerrado nesta sexta-feira (7/11) com a condenação de Anderson Silva Santos, acusado de assassinar Vandete Rosa de Paula com 15 facadas. O julgamento foi presidido pelo magistrado Alberto Almeida e teve a atuação firme da promotora de Justiça Viviane Farias, do Ministério Público de Alagoas (MPAL). O réu foi sentenciado a mais de 16 anos de prisão por homicídio qualificado por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima.

Durante o julgamento, a defesa alegou legítima defesa e, de forma subsidiária, pediu a redução de pena por homicídio privilegiado, mas o conselho de sentença rejeitou as teses e acatou integralmente os argumentos do Ministério Público.

Para a promotora Viviane Farias, o resultado do julgamento representa um marco no combate à violência contra a mulher. “O veredito reforça o compromisso do Ministério Público em defender a vida e garantir que crimes de feminicídio sejam punidos com rigor. É uma resposta à sociedade e às famílias das vítimas”, afirmou.

O crime ocorreu em 7 de janeiro de 2021, na zona rural de Arapiraca. Segundo as investigações, Anderson atacou Vandete após suspeitar, sem provas, de que ela havia furtado sua carteira durante uma faxina. A vítima foi golpeada na cabeça, nas costas e no tórax, morrendo ainda no local.