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Operação Mute apreende celulares, drogas e armas artesanais em unidades prisionais de Alagoas

Nona fase da ação nacional reforça combate ao crime organizado e à comunicação ilícita dentro dos presídios

Ação combate organizações criminosas e enfrenta comunicações proibidas nas unidades prisionais - Fotos: Jorge Santos

A nona fase da Operação Mute resultou na apreensão de celulares, drogas, armas artesanais e anotações que apontam para a atuação de organizações criminosas em unidades prisionais de Alagoas. As ações ocorreram ao longo de três dias e envolveram cerca de 80 policiais penais e servidores do sistema penitenciário. A iniciativa é da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.

A operação tem como foco o combate à comunicação ilícita no interior dos presídios, medida essencial para impedir que líderes de facções continuem coordenando crimes, repassando ordens e movimentando atividades ilegais de dentro das celas. Para isso, as equipes realizaram revistas estratégicas, apoiadas por setores de inteligência.

As ações foram realizadas na Penitenciária Masculina Baldomero Cavalcanti de Oliveira e na Penitenciária de Segurança Máxima, em Maceió, além do Presídio do Agreste, em Girau do Ponciano. Entre os materiais apreendidos estavam celulares, entorpecentes, cadernos de anotações, armas improvisadas e outros objetos proibidos.

Segundo a Seris, o objetivo central da operação é desarticular a estrutura criminosa que opera a partir dos presídios, diminuindo crimes como tráfico de drogas, homicídios, roubos e extorsões — muitos deles comandados remotamente por detentos.

O secretário de Ressocialização e Inclusão Social, Diogo Teixeira, destacou a relevância da participação do estado. “A Operação Mute é uma das maiores ações de combate ao crime dentro das unidades prisionais, e Alagoas tem participado de forma ativa, impedindo a comunicação dos reeducandos com o meio externo e evitando a entrada de ilícitos”, afirmou.

A gerente de Inteligência da Seris, policial penal Phabiola Pereira, avaliou positivamente o resultado desta fase. “Encerramos mais uma etapa com apreensões importantes, cumprindo o objetivo de combater o crime organizado, interromper comunicações e reduzir os índices de violência”, concluiu.

A Operação Mute ocorre simultaneamente em diversos estados e no Distrito Federal, reunindo forças de policiais penais federais, estaduais e distritais em um esforço nacional integrado.