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Alagoas incorpora vacina contra VSR ao pré-natal e inicia distribuição de mais de 12 mil doses
Imunizante gratuito protegerá recém-nascidos contra bronquiolite e pneumonia; aplicação começa a partir da 28ª semana de gestação
As gestantes de Alagoas passam a contar com uma nova camada de proteção durante o pré-natal: a vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), responsável pela maior parte dos casos graves de bronquiolite e pneumonia em bebês. O Estado recebeu, nesta quarta-feira (3/12), 12.430 doses enviadas pelo Ministério da Saúde, e o imunizante passa a fazer parte, de forma oficial, do Calendário Nacional da Gestante.
A partir desta quinta-feira (4), as 102 secretarias municipais de Saúde já podem retirar suas cotas na Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), que fará a distribuição por meio do Programa Nacional de Imunização (PNI). Cada município definirá o início da aplicação em suas unidades básicas, mas a recomendação é que a vacinação comece imediatamente.
Por que a nova vacina é tão importante
O VSR é considerado um dos vírus respiratórios de maior impacto para crianças pequenas. A estimativa do Ministério da Saúde é que quase todas as crianças terão contato com o vírus até os 2 anos, sendo o primeiro episódio o mais grave. Muitos casos exigem internação e podem evoluir rapidamente para quadros severos.
A vacinação das gestantes tem justamente o objetivo de proteger o bebê ainda nos primeiros meses de vida, período em que o sistema imunológico é mais vulnerável. A aplicação será feita a partir da 28ª semana de gestação, em dose única por gravidez, com meta de atingir ao menos 80% do público-alvo.
Cenário epidemiológico reforça urgência
Entre janeiro e novembro de 2025, o Brasil registrou 43,1 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) provocados pelo VSR. Desse total, 35,5 mil ocorreram em crianças menores de dois anos — o equivalente a 82,5% dos registros.
Como se trata de uma infecção viral, não existe tratamento específico para bronquiolite, tornando a prevenção o principal mecanismo de proteção.
Acesso gratuito e produção futura no Brasil
A inclusão da vacina no Sistema Único de Saúde representa um marco, já que, na rede privada, o imunizante pode custar até R$ 1,5 mil, tornando-se inacessível para grande parte das famílias.
A oferta gratuita foi viabilizada por um acordo entre o Governo Federal, o Instituto Butantan e o laboratório fabricante, que permitirá a transferência de tecnologia e, futuramente, a produção nacional da vacina.
Com a chegada do imunizante, Alagoas fortalece a proteção materno-infantil e avança no cuidado preventivo às crianças que estão prestes a nascer.
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