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Retrospectiva 2025: caos na saúde e violência marcam gestão Paulo Dantas

Ano foi marcado por dívidas bilionárias, colapso no atendimento hospitalar e críticas do Parlamento à falta de transparência

Governador Paulo Dantas - Fotos: Bruno Santos/O Alagoano

*** O titulo foi alterado para melhor descrever os fatos desta materia 

O ano de 2025 chega ao fim deixando um rastro de crises na saúde e um clima crescente de insegurança em Alagoas, fatores que alimentaram um dos períodos mais turbulentos da gestão do governador Paulo Dantas. Entre denúncias de endividamento, paralisações de serviços essenciais e falta de transparência em acordos bilionários, o estado viveu um cenário marcado por insatisfação popular e desgaste político.

Na Assembleia Legislativa, o deputado Delegado Leonam se tornou uma das vozes contundentes contra o governo. Ele destacou que Alagoas já figura como o quinto estado mais endividado do país, resultado de sucessivos financiamentos milionários aprovados durante a gestão. Mesmo após empréstimos de US$ 300 milhões e R$ 790 milhões, um novo pedido de R$ 890 milhões passou a tramitar na Casa, gerando questionamentos sobre a real necessidade e os impactos dessas operações. Para o parlamentar, os reflexos estão diretamente no cotidiano da população: hospitais sobrecarregados, sensação constante de insegurança e falta de respostas claras do Executivo.

A crise na saúde se agravou de forma dramática em outubro, quando a COOPNEURO anunciou a suspensão total dos serviços de Neurologia e Neurocirurgia no Hospital Geral do Estado (HGE) e na Unidade de Emergência Dr. Daniel Houly. Segundo a cooperativa, a Secretaria de Saúde acumulou cinco meses de atrasos nos pagamentos, tornando impossível manter o atendimento. A paralisação colocou em risco milhares de pacientes e expôs o colapso administrativo do sistema público, que enfrentou longas filas, demora em cirurgias e falta de especialistas.

Outro capítulo que marcou o ano foi a cobrança por transparência no acordo bilionário firmado entre o governo e a Braskem, após o desastre geológico que atingiu Maceió. Leonam afirmou ter solicitado detalhes sobre o destino dos recursos, acusando o Estado de conduzir o processo de forma silenciosa e pouco acessível ao público. Para ele, o alagoano tem o direito de saber como o dinheiro será aplicado, especialmente diante da crise em áreas essenciais como saúde, emprego e segurança.