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MPAL avalia criação de força-tarefa para combater desvios e desabastecimento de água no Sertão

Deputado José Wanderley participa de reunião com Ministério Público e concessionárias para discutir falta de água em 40 cidades do semiárido alagoano

MPAL avalia criação de força-tarefa para combater desvios e desabastecimento de água no Sertão - Fotos: Assessoria

O Ministério Público de Alagoas (MPAL) recebeu, nesta quarta-feira (17/12), o deputado estadual José Wanderley e representantes das concessionárias Casal, Conasa e Águas do Sertão para discutir o desabastecimento de água que afeta cerca de 40 municípios do Sertão alagoano. A reunião, realizada na Sala dos Colegiados, em Maceió, foi presidida pelo corregedor-geral do MPAL, Eduardo Tavares.

Segundo o corregedor-geral, a iniciativa visa tanto combater o furto de água quanto garantir a prestação de serviços de forma eficiente. “O deputado José Wanderley acionou o Ministério Público preocupado com essa questão de falta de água que assola o sertanejo. A água não chega lá na ponta e, quando chega, é com muita dificuldade. Recebemos informações de que há furtos e, também, cobranças por um produto que não chegou, o que é muito sério”, afirmou.

O deputado José Wanderley reforçou que a reunião abordou problemas crônicos do abastecimento, agravados recentemente, e destacou a necessidade de uma força-tarefa para fiscalização e responsabilização de eventuais ilícitos. “Ficou pactuado aqui com os representantes ministeriais a criação de uma força-tarefa para combater o que estiver fora da lei, permitindo que seja levado ao sertanejo o bem mais precioso, que é a água. A reclamação veio de cidadãos comuns e prefeitos, e acreditamos que o Ministério Público vai se dedicar para esclarecer e punir quem rouba água, pois isso é um crime inominável para o sertanejo”, disse o parlamentar.

O assessor especial da Procuradoria-Geral de Justiça, promotor Edelzito Andrade, destacou que há indícios de atuação organizada na região. “Diante das circunstâncias, o Ministério Público pode, através do GAECO, iniciar uma investigação aprofundada e chegar aos autores de tais crimes”, acrescentou.