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Operação prende gerente de quadrilha responsável por golpes em casas lotéricas em Alagoas

Investigação revela prejuízo superior a R$ 1 milhão no estado; jogador de futebol também é apontado como envolvido no esquema criminoso

Operação Sorte de Areia desarticula em Alagoas esquema nacional de estelionato e lavagem de dinheiro - Fotos: Ascom PCAL

A gerente financeira de uma organização criminosa investigada por aplicar golpes em casas lotéricas em diferentes estados do Brasil foi presa. A informação foi confirmada na tarde desta terça-feira (23) pelo Ministério Público de Alagoas (MPAL). O grupo utilizava um esquema de fraude que se passava por proprietários de lotéricas para enganar funcionários e induzi-los ao pagamento de boletos falsos.

De acordo com as investigações, o prejuízo causado somente em Alagoas ultrapassa R$ 1 milhão. Além da gerente financeira, outro integrante da quadrilha também foi detido. Ambos foram conduzidos a Maceió já sob custódia, na noite da última segunda-feira (22).

As prisões fazem parte da Operação Sorte de Areia, deflagrada no início de dezembro, que mobilizou forças policiais de Alagoas, Goiás, Ceará, São Paulo e Rio de Janeiro. Ao todo, foram cumpridos 21 mandados judiciais, incluindo seis prisões preventivas, todos expedidos pela 7ª Vara Criminal de Maceió.

Segundo o MPAL, a organização criminosa estruturava o golpe por meio da emissão de boletos fraudulentos, que eram pagos por funcionários das lotéricas enganados pela falsa identificação dos criminosos como donos dos estabelecimentos. O dinheiro era direcionado para contas de laranjas e, em seguida, redistribuído entre os membros do grupo.

Entre os investigados está o jogador de futebol Daniel Costa Félix, de 28 anos, que teve passagem pelas categorias de base do Botafogo e atua como lateral-direito. Ele mantinha contrato com um clube da Eslováquia até 2028. Conforme a apuração policial, o atleta seria responsável pela falsificação dos boletos e pela intermediação da comunicação entre os laranjas e os líderes da quadrilha.

Para dificultar o rastreamento dos valores, os recursos desviados passavam por diversas transações financeiras antes de serem centralizados nas contas dos principais integrantes do esquema. As investigações seguem em andamento para identificar outros envolvidos e aprofundar a responsabilização criminal dos suspeitos.