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Conselheiro tutelar acusado de assédio nega acusações: "O que a polícia precisar eu entrego"

O professor registrou um boletim de ocorrência contra a família do jovem por denúncia caluniosa, alegando que as acusações são falsas

Conselheiro tutelar de Murici acusado de assédio nega acusações - Fotos: Reprodução/TV Gazeta

A família do adolescente de 17 anos, supostamente assediado por um conselheiro tutelar no município de Murici, prestou mais um depoimento à Polícia Civil de Alagoas (PCAL) nesta quinta-feira (4/7). O homem denunciado é o professor Allan Tenório de Novais, de 45 anos, que nega as acusações.

Allan, com mais de 20 anos de experiência, foi afastado de suas funções após a denúncia de usar seu cargo para assediar o estudante por meio de mensagens em redes sociais. Capturas de tela das conversas foram apresentadas como prova, porém ele contesta a autenticidade das mensagens.

"Dou meu celular, meu notebook, o que a polícia precisar eu entrego. Até porque eu não sou muito de estar na rede social, não sou muito disso aí não, gosto mais de papel, da teoria. A gente que é professor acostuma com isso", afirmou ele tutelar em sua defesa.

O conselheiro tutelar também questionou a veracidade das provas apresentadas, destacando a ausência de seu nome nas conversas e levantando dúvidas sobre como seria possível conversar pelo WhatsApp sem o número visível da pessoa.

"Dá para observar que não tem meu nome. A mão que segura o telefone, o dedo é moreno. Não tem meu número. Como é que você está falando com uma pessoa no WhatsApp e não tem o número? Que não tenha meu nome, mas não tem que aparecer o número? Onde é que está o número?", questionou o professor.

Além disso, Allan é parente de políticos e, de acordo com a família do conselheiro, o tio da vítima faz campanha para um adversário político e teria prometido 'transformar a vida deles em um inferno'. Por esse motivo, a família do professor acredita na motivação política para tais acusações.

O conselheiro tutelar disse que registrou um boletim de ocorrência contra a família do adolescente, alegando que as acusações são falsas. "Uma coisa que eu quero é a retratação, porque eu tenho certeza do que estou dizendo", declarou Tenório.

O Ministério Público Estadual (MPAL) informou que está acompanhando a investigação e, quando a denúncia chegar à promotoria, será analisada para que uma decisão seja tomada.

*Com informações da TV Gazeta