Na última segunda-feira (15/7), a Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE/AL) recebeu carroceiros que trabalham com materiais recicláveis para discutir as dificuldades que estão enfrentando após as mudanças implementadas pelo Município de Maceió.

O grupo, tradicionalmente ativo na região dos Flexais, em Bebedouro, relatou que seu trabalho já havia sido prejudicado pela tragédia geológica causada pela mineradora Braskem e que, agora, está sendo impedido de trabalhar devido às novas políticas municipais.

De acordo com os carroceiros, eles tradicionalmente utilizam carroças de tração animal ou puxadas manualmente. Contudo, o Município implementou um programa que destina triciclos, motos e outros veículos motorizados para esse tipo de trabalho. A legislação vigente impede analfabetos de pilotar veículos motorizados, excluindo esses trabalhadores do novo programa. Esta situação afeta aproximadamente 40 carroceiros na região do Flexais, em Maceió.

O Defensor Público e Coordenador de Núcleo de Proteção Coletiva, Ricardo Antunes Melro, destacou que a situação dos carroceiros já era delicada devido ao isolamento causado pela Braskem na região. Agora, enfrentam ainda mais exclusão por não poderem competir com os veículos motorizados autorizados pelo programa.

“Não é uma política ruim, mas é preciso encontrar alternativa para os genuínos profissionais desse ramo”, afirmou Melro. A Defensoria Pública realizará uma reunião com a Prefeitura Municipal para discutir alternativas para os carroceiros afetados pelas mudanças.

*Com Assessoria