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Novo esquema de vacinação contra poliomielite começa em 4 de novembro com reforço injetável
udança promovida pelo Ministério da Saúde visa ampliar proteção e segurança para crianças, mantendo eficácia contra o vírus
A partir desta segunda-feira (4/11), o Brasil adota um novo esquema vacinal para a imunização contra a poliomielite, conforme estabelecido pelo Ministério da Saúde. Conhecida como paralisia infantil, a poliomielite é causada pelo poliovírus, que pode provocar desde sintomas leves até graves sequelas motoras.
A principal mudança é a substituição da vacina oral bivalente (VOPb), popularmente conhecida como “vacina da gotinha”, pela vacina inativada poliomielite (VIP), que é administrada via injeção, garantindo maior segurança e uniformidade no combate ao vírus.
O esquema anterior incluía três doses injetáveis aos 2, 4 e 6 meses, seguidas por reforços com a vacina oral aos 15 meses e aos 4 anos de idade. A nova orientação elimina o reforço com a vacina oral, mantendo apenas uma dose de reforço injetável aos 15 meses, simplificando o calendário e assegurando uma proteção mais estável contra a doença.
A enfermeira e assessora do Programa Nacional de Imunização em Alagoas (PNI/AL), Rafaela Siqueira, destacou que a atualização do esquema vacinal representa um avanço na segurança da imunização, sem alterar sua eficácia.
“A vacinação é uma das maiores conquistas da humanidade e, no caso da poliomielite, a vacinação é a única forma de prevenção da doença. A população pode ficar tranquila com a mudança, que representa um avanço e segurança clínica para preservar a saúde das nossas crianças”, afirma.
Poliomielite
A poliomielite é uma doença viral altamente contagiosa, com transmissão por contato direto com fezes ou secreções orais de indivíduos infectados. Em locais com condições de saneamento precárias, a propagação é ainda mais facilitada, tornando a vacinação um recurso crucial para evitar surtos. Nos casos mais severos, a infecção pelo poliovírus pode comprometer o sistema nervoso, resultando em paralisia dos membros, condição que popularmente dá nome à doença.
As sequelas da poliomielite, especialmente em casos de infecção do sistema nervoso central, incluem deformidades motoras, como o pé torto (pé equino), dores nas articulações, diferença de crescimento nas pernas, escoliose, osteoporose, além de paralisia parcial de membros e dos músculos responsáveis pela fala e deglutição. Embora essas complicações não tenham cura, elas podem ser controladas com acompanhamento médico.
O Ministério da Saúde alerta para a importância de diagnóstico rápido, principalmente em crianças com menos de 15 anos que apresentem paralisia flácida aguda e perda de reflexos. Exames como a análise de líquor e a eletromiografia, além da busca por poliovírus nas fezes, são essenciais para confirmação da doença.
Embora o Brasil esteja livre da circulação do poliovírus selvagem desde 1990, a doença ainda persiste em países como Afeganistão e Paquistão, onde foram registrados cinco casos em 2021. Nas Américas, a ausência de casos reflete o êxito dos programas de imunização, mas as autoridades reforçam a importância de manter altos índices de vacinação para garantir a erradicação do poliovírus e proteger futuras gerações.
*Com informações da Assessoria
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