O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa nesta quarta-feira (8/1) de uma cerimônia em defesa da democracia, marcada para os dois anos dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. O evento ocorre no Palácio do Planalto, um dos prédios danificados pelos golpistas.

A cerimônia contou com a reintegração de obras de arte restauradas, que haviam sido vandalizadas pelos extremistas. Entre as peças, destaca-se o relógio histórico, feito por Balthazar Martinot, relojoeiro da corte francesa, e trazido ao Brasil por Dom João VI. Este relógio, fabricado de casco de tartaruga e bronze raro, será novamente exibido ao público.

Às 10h30, foi apresentado o quadro "As Mulatas", de Di Cavalcanti, que também foi danificado pelos vândalos e restaurado. Durante a cerimônia, o presidente recebeu réplicas dessa obra e da ânfora danificada por alunos de um projeto de educação patrimonial.

A cerimônia seguirá com discursos de autoridades, com a presença de ministros, governadores e representantes do Supremo Tribunal Federal (STF), incluindo o ministro Alexandre de Moraes, que preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e é responsável pela investigação dos atos golpistas.

O evento deve ser finalizado pelo presidente Lula junto com representantes do Executivo, Legislativo e Judiciário para um “abraço à democracia”, um gesto simbólico que terá a frase “sem anistia” como tema e que acontecerá na Praça dos 3 Poderes.

A cerimônia acontece após dois anos dos ataques, que resultaram na condenação de 371 pessoas por envolvimento nos atos e causaram prejuízos superiores a R$ 26 milhões.